22.9.09

Great things in the coming

Há muito por que esperar até (ou logo a seguir a) essa estranha noite de Fevereiro, em que o nosso - e por nosso quero dizer meu - cinismo e cepticismo em relação a Hollywood desvanece e nos deixamos render ao impulso humano de nos contentarmos com o contentamento alheio. Pode ser que este ano o nosso - e por nosso espero que seja o da colectividade de cinco pessoas que lê este blog - contentamento se deva também ao reconhecimento, mas sobretudo distribuição portuguesa, dos filmes por que já espero há alguns meses.

Dois fantásticos, uma comédia e uma história de amor são o que vos deixo. Acho que há algo para todos os gostos e eu gosto de todos.
Por cima de cada ecrã colocarei um link para uma versão bastante melhor dos trailers, com o ecrã gigante que o youtube recentemente nos presenteou. Entretanto, por razões de lógica organizacional deixo aqui a versão minúscula dos mesmos. Espero que gostem tanto quanto eu e que comentem (faz bem à auto-estima do bloguista, ou então sou só eu).



Alice in Wonderland - Tim Burton


Year One - Harold Ramis


Bright Star - Jane Campion

17.9.09

Unsigned masters

Ontem estava no meu tumblr quando me deparei com este pequeno pedaço de genialidade repleta de sarcasmo e humor negro:


E gargalhei. Bastante. Prossegui, depois regressei e ri-me de novo. E lembrei-me de fazer um post sobre uma banda - que agora será sobre duas - de que queria falar há muito. Tratam-se de duas bandas que inexplicavelmente permanecem sem editora e cuja música, graças às minhas incapacidades tecnológicas me vejo impedida de obter.
A primeira chama-se Shilpa Ray and Her Happy Hookers e é encabeçada pela Shilpa Ray que tem uma das vozes mais incríveis que alguma vez ouvi e que, enquanto canta, toca uma harmónica que nos deixa paralisados. A qualidade do video não é muita, portanto, aos menos preguiçosos aconselho irem ouvir a música ao site da banda, onde podem ouvir todo o álbum (cliquem acima). Aos restantes, aqui fica:


A outra banda chama-se The xx e não poderia ser mais diferente da primeira. Não farei observações pretensiosas tentando classificar a sua música. Apenas direi que tem dois vocalistas, uma rapariga (cuja voz me lembra a Feist por vezes) e um rapaz. Ouçam e vejam o myspace acima para mais:


Na realidade, a Shilpa Ray merecia um post dedicado somente a si. Se ouvirem o álbum perceberão porquê, é das coisas mais incríveis que já ouvi. Mas aproveitei a deixa e aqui ficam maravilhas desperdiçadas pela indústria, o que talvez seja uma coisa boa. Espero que também gostem. Comuniquem.

15.9.09

Whip it!

Neste ano corrente de 2009, a senhora actriz de seu nome Drew Barrymore decidiu aventurar-se por esses mundos turtuosos da realização e trouxe-nos um filme intitulado Whip It. O filme versa sobre uma adolescente, filha de mãe autoritária, que é iniciada e arrastada pelo mundo dos concursos de beleza até que decide rebelar-se e juntar-se a uma equipa de roller derby (que me escusarei de explicar uma vez que o compreenderão mais adiante).
Esta história pareceria ter ingredientes mais que suficientes para passar à fase da mostra do trailer. Mas assim não se passa. É que a tal adolescente é interpretada por, nada mais nada menos, que Ellen Page. Mais ainda, as restantes actrizes que compõem o elenco incluem: a própria Drew Barrymore, a Julliette Lewis (essa mesma), a Marcia Gay Harden, a Zoe Bell (do Death Proof) e a Alia Shawkat (da genial série Arrested Development).

Mas a coisa não termina aqui. Durante a pré-produção, filmagens e pós-produção, parece que todas se deram muito bem e ficaram amigas. Mais que isso, a Drew Barrymore e a Ellen Page tornam-se muito amigas. Quão amigas? Decidam vocês:




Estas são as fotos do corrente número da Marie Claire americana. Parece que as meninas passaram toda a entrevista de mãos dadas, que a Drew levava um cachecol tricotado pela Ellen Page e que falaram das suas preferências musicais. Nomeadamente, referiram as suas saídas conjuntas para ir ver os concertos da Cat Power e da Peaches. Nada gay, atrever-me-ia a dizer.
A verdade é que, apesar da Drew B. se ter assumido como bissexual no início da sua carreira e da Ellen P. ser claramente gay, não me parece que andem a ter um romance lésbico tórrido. Na realidade não me interessa muito, nem sei bem o que se passa ali, mas é cómico! Sobretudo o facto de andarem de mão dada por todo o lado, pelas estreias e festas de promoção do filme e de se olharem como tivessem tido soft sex há cinco minutos atrás! Oh well, talvez a Ellen a consiga convencer.

Entretanto, o filme parece bem engraçado. Aqui fica o trailer:


E agora digam de vossa justiça.

2.9.09

The reason some girls are gay!

Hoje, quarta-feira, 2 de Setembro de 2009, eu, muff muncher, deparei-me com uma raridade de valor inigualável. Para que fique bem claro, chegou até mim algo que nunca mais na minha vida se repetirá. Nunca. Trata-se de algo de uma singularidade única (passo o pleonasmo) e que fará até o mais céptico ficar incrédulo.

A história que trago até vós é a história de uma rapariga, igual a qualquer uma de nós, que saiu a um sábado à noite para se divertir com as amigas e foi abordada por um homem. Este senhor, tendo ficado visivelmente impressionado pela sua elegância, insistiu até que ela lhe desse o seu número de telefone. Vendo que seria impossível demovê-lo, a rapariga acabou por lhe dar o número do seu local de trabalho.
Depois de ouvirem as duas mensagens telefónicas que o referido "senhor" lhe deixou, perceberão por que é que ela nunca lhe ligou de volta e optou por telefonar a um programa de rádio onde foram passadas as mensagens.
Todas ficamos avisadas: há pessoas assim no mundo!

Estes três ou quatro minutos mudaram a minha vida. Eu não sabia que era possível isto acontecer. Mas é.
Os senhores da referida rádio disponibilizaram na net as mensagens sob o título: The reason some girls stay single. Eu adaptei-o. Acho que acabarão por também o achar adequado.

Aqui fica o link. Preparem-se.

Se depois de ouvirem ficarem intrigadas, podem ver o espécime aqui. É mesmo verdade. Ele existe.

1.9.09

Recovering (or not yet) from my tumblr obsession

Parece que chegou Setembro, a segunda-feira dos meses li algures. Está calor e estou destreinada desta coisa dos posts.
Hoje fui ao dermatologista pela primeira vez na minha vida. Fui recentemente atacada por uma bactéria denominada acne vulgaris e ao que parece tenho que tomar comprimidos e demorarei um ano a ficar boa. Oh well, depois dos sapatos ortopédicos aos seis, dos óculos aos dez, do aparelho aos dezasseis, de toda uma vida de amor-ódio com o meu cabelo, bring it on, i can handle it.

Estou contente. Aceitei minha vulgaridade acneica e resolvi regressar, umas semanas e quinze followers no tumblr depois:). Trago-vos imagens, raparigas, socos, violência orquestrada in a good way, nudez parcial e filmes de culto. All in one.

O Fight Club fez os seus primeiros dez anos e para os celebrar as Suicide Girls fizeram uma sessão fotográfica em sua homenagem. Não tenho capacidade de síntese suficiente para explicar neste pequeno que já vai grande post quem são as Suicide Girls (a wiki tem, leiam a primeira frase). Têm coisas más e coisas boas, vão ao site e explorem se assim desejarem.
Como dizia, as SG fizeram uma sessão em sua homenagem, onde recriam - com variações - uma das cenas do filme. As opiniões divergem, eu gostei. Vejam-na aqui, são demasiadas fotos para transpor.
Espero que gostem. Ficam duas de que gostei bastante: