18.5.09

I can`t believe it`s May - Fifteen years down the drain

Aviso: Aos mais sensíveis e impressionáveis peço que parem de ler ou se auto-responsabilizem pelos resultados verificados após a leitura e visionamento deste post!

Quanto tinha nove ou dez anos, a minha mãe inscreveu-se num curso de astronomia. Era apenas uma petiza e fiquei mesmo contente quando decidiu levar-me consigo uma das noites. Entrei pela primeira vez numa Faculdade - a Fac. de Ciências da Univ. de Lisboa - e senti-me adulta, fantástica e maravilhosa, tudo ao mesmo tempo.
Chegada a hora do intervalo mais longo, sendo já nove ou dez da noite, a minha mãe decidiu levar-me ao icónico café do Campo Grande, que  ainda hoje permanece junto ao lago do Jardim. Fomos as duas mais uma colega de curso que, tal como eu, não tinha muita fome. Decide então partilhar comigo algo maravilhoso que nunca havia antes comido e que fugia às regras da boa alimentação materna: um prego! 

Ainda mais contente, comi a minha metade de prego e continuei a sentir-me maravilhosa e adulta. Até que, talvez duas ou três horas depois, começo a sentir o estômago algo apertado. Não percebi bem o que era e deixei-me ficar. A má disposição continuou a aumentar e resolvi informar, a grande custo, a entidade materna, que reprovara a refeição havida. 
Passado pouco tempo, iniciámos a viagem de regresso a casa, que, por causa das boleias que fomos dando, demorou cerca de quarenta minutos. A indisposição piorava a cada segundo e, no fim da viagem, já se tornara insuportável e eu já estava deitada nos bancos do carro, a pedir que tudo se compusesse e me salvassem daquela agonia. 
Pois bem, assim foi. Mal cheguei a casa e saí do carro, o meu ser interveio e vomitei o meu primeiro e último prego. Tudo se compôs. 

Desde então, não mais fui penalizada pelas minhas escolhas alimentares sólidas e, mais tarde, líquidas. Passaram-se quinze longos anos, de orgulho e boa disposição, sem um único vómito à vista. O meu orgulho foi ainda maior quando percebi que uma das minhas pessoas preferidas partilhava esta característica única e juntei-me ao seu vomit free record
Hoje, contudo, o meu estômago rebelou-se e pôs fim a largos anos de felicidade. Vomitei e perdi parte da minha identidade.

Seinfeld, amigo, hoje percebo como te sentes. Agora, só estou à espera do alívio:

3 comentários:

Anónimo disse...

ohhhhhhhhhhh.

atingiste o auge da fofura.
só queria estar ao pé de ti. snif.

as melhoras, miúda. I'll be there when you break you own record.

Maria Manias disse...

um post sobre vómito. nunca pensei ler tal coisa, lol

ps - achei muita graça ao post que deixaste no meu blog acerca do video :)

Peg solo disse...

uau! ja nao es virgem! again!
será q vais ser uma daquelas gravidas q enjoam?é q se sim esquece os records! as melhoras!*