27.5.09

I can`t believe it`s May - On the subject of short films

Há pequenos momentos da nossa vida que a mudam e a tornam mais brilhante ou soturna, mais peculiar ou comum. Momentos que queremos recordar, esquecer ou até mesmo reprimir. Neste Maio, que me parece vir cedo de mais, um desses momentos invadiu estranha e indirectamente a minha vida - o Arena ganhou a Palma de Ouro em Cannes
Eu vi e li o pequeno pergaminho que nos diz que fomos de ouro naquele pequeno filme. Atestava, eles foram de ouro. É estranho que haja algo a dizer isso. Mas deixou-me feliz por eles e por ter visto a curta e ter percebido que, efectivamente, há coisas que cintilam
Parabéns ao João Salaviza e a toda a equipa técnica, em especial, parabéns a ti Inês Clemente, a primeira mulher e a primeira directora de som portuguesa a ganhar a Palma de Ouro. 

E, on the subject of short films, deixo-vos com três que me maravilharam. 

1. Um teaser cintilante:


2. A short short que me fez sorrir hoje, num daqueles dias que deveria ter morrido antes de nascer: 


3. E uma really short short que me fez sorrir aqui há tempos e que hoje revi: 




Espero que gostem.
Na verdade, foi só para vos fazer sorrir também.

21.5.09

I can`t believe it`s May - Oh Chan, what can`t we say about you?

Trago-vos Chan Marshall, aka Cat Power. 
Só uma mulher brilhante faria uma cover brilhante da sua já brilhante cover. Do you get me? 


Vejam o resto das AOL Sessions. Se algo vale a pena, isto vale a pena.
E a cover original está aqui. 

19.5.09

I can`t believe it`s May - While we are on the subject

Just to be funny.

To those that never thought I`d find rainbows being thrown up, here they are:

        





For the record, I do not eat at MacShit!

Rainbow art at the right by Mark Jenkins. Check it out.

18.5.09

I can`t believe it`s May - Fifteen years down the drain

Aviso: Aos mais sensíveis e impressionáveis peço que parem de ler ou se auto-responsabilizem pelos resultados verificados após a leitura e visionamento deste post!

Quanto tinha nove ou dez anos, a minha mãe inscreveu-se num curso de astronomia. Era apenas uma petiza e fiquei mesmo contente quando decidiu levar-me consigo uma das noites. Entrei pela primeira vez numa Faculdade - a Fac. de Ciências da Univ. de Lisboa - e senti-me adulta, fantástica e maravilhosa, tudo ao mesmo tempo.
Chegada a hora do intervalo mais longo, sendo já nove ou dez da noite, a minha mãe decidiu levar-me ao icónico café do Campo Grande, que  ainda hoje permanece junto ao lago do Jardim. Fomos as duas mais uma colega de curso que, tal como eu, não tinha muita fome. Decide então partilhar comigo algo maravilhoso que nunca havia antes comido e que fugia às regras da boa alimentação materna: um prego! 

Ainda mais contente, comi a minha metade de prego e continuei a sentir-me maravilhosa e adulta. Até que, talvez duas ou três horas depois, começo a sentir o estômago algo apertado. Não percebi bem o que era e deixei-me ficar. A má disposição continuou a aumentar e resolvi informar, a grande custo, a entidade materna, que reprovara a refeição havida. 
Passado pouco tempo, iniciámos a viagem de regresso a casa, que, por causa das boleias que fomos dando, demorou cerca de quarenta minutos. A indisposição piorava a cada segundo e, no fim da viagem, já se tornara insuportável e eu já estava deitada nos bancos do carro, a pedir que tudo se compusesse e me salvassem daquela agonia. 
Pois bem, assim foi. Mal cheguei a casa e saí do carro, o meu ser interveio e vomitei o meu primeiro e último prego. Tudo se compôs. 

Desde então, não mais fui penalizada pelas minhas escolhas alimentares sólidas e, mais tarde, líquidas. Passaram-se quinze longos anos, de orgulho e boa disposição, sem um único vómito à vista. O meu orgulho foi ainda maior quando percebi que uma das minhas pessoas preferidas partilhava esta característica única e juntei-me ao seu vomit free record
Hoje, contudo, o meu estômago rebelou-se e pôs fim a largos anos de felicidade. Vomitei e perdi parte da minha identidade.

Seinfeld, amigo, hoje percebo como te sentes. Agora, só estou à espera do alívio:

14.5.09

I can`t believe it`s May - Elvis didn`t sing this good!

Aqui há tempos descobri esta senhora, tida por muitos como The Queen of Rockabilly, e percebi por que é que nunca senti o apelo do senhor Presley - eu cá acho que ele não cantava assim. Ora ouçam e digam de vossa justiça.

Miss Wanda Jackson: 

Se quiserem saber mais.

Tivera ela uma pilinha  ou não fora o mundo um patriarcado insuportável e hoje não seríamos vítimas da elvismania,

que perturba a sanidade ou a paz de muitos que por aí andam.

10.5.09

I can`t believe it`s May - Quote of the Week

Liz Feldman, comedian:

"I`d like to talk about gay marriage.
Not just to make jokes, but because it`s an important issue and I would like to address it. 

So, let`s talk about gay marriage. Or as I like to call it.... marriage. 
Because this morning when I ate, I had breakfast, I didn´t have gay-breakfast. 
And when I got here, I parked my car, not gay-parked it, 

although, I do park like a total fag."


Oh Liz, you`re my gayest hero. 

6.5.09

I can`t believe it`s May - Just for You and Everyone Else

Quem me conhece sabe que a voz feminina me fascina, não há nada como ouvir uma mulher a cantar do fundo do estômago, de lábios bem abertos, olhos fechados, garganta inchada e sem reter absolutamente nada. Quase podemos fechar os olhos e imaginar tudo o resto que a envolva: a música, o espaço, as pessoas. Quase podemos fechar os olhos e estar lá. E depois de ouvirmos todo o álbum, podemos abri-los e perceber que nunca devemos pedir desculpa por sermos honestas. 

Infelizmente, a maioria das boas bandas femininas ou com vozes femininas que conheço, chegaram até mim apenas depois de horas e horas de buscas, investigações geeks e googles embaraçosos. As publicações não dão ouvidos às músicas femininas e quando dão, muitas vezes, fazem-no apenas porque são femininas e sob essa etiqueta. É por isso que faço todos os esforços para encontrar e partilhar aquilo que conheço e gosto. 

Hoje chegou até mim algo maravilhoso. Um pequeno oásis na indústria. Por vezes os guilty pleasures confirmam-se e oferecem-nos estas coisas que nos fazem sorrir por horas e horas. E que depois nos proporcionam horas e horas de prazer. Chegou até mim a Tom Tom Magazine
A Tom Tom é uma publicação que surgiu em Janeiro deste ano, não é sobre vocalistas, mas sobre bateristas femininas (quem me conhece, sabe que também tenho um fraco por elas).  Foi fundada pela música Myndi Abovitz, baterista das Taigaa e pretende divulgar músicas de todo o mundo de uma perspectiva técnica e não só. 

Explorem. 

3.5.09

I can´t believe it´s May - I´m scared!

Summer is here. Maybe. 

Maybe we won`t have these anymore:





And we won`t have to do this all the time:




But time will go by faster. 
I will miss the possibility of rainbows.
And I`m going to start to work harder
and stay in longer.